terça-feira, 5 de abril de 2011

Como é difícil pregar o evangelho e falar de Jesus Cristo

 

        Jesus Cristo disse aos seus discípulos: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15)”. Disse Ele, ainda: “Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, ... (Marcos 14:9)”.
        É de se notar, com essas duas passagens, que Jesus sabia da necessidade de que o evangelho, que quer dizer boa notícia, boas novas, fosse pregado a toda criatura, em todo e qualquer lugar do mundo.
        Algumas pessoas têm o chamado para deslocar-se para longe de suas casas, cidades etc, a fim de pregar o evangelho. É um trabalho missionário, que requer muita dedicação, eis que a ausência do lar e o distanciamento dos familiares é sempre doloroso.
        Mas a maioria das pessoas não realizam trabalhos missionários. Elas, então, devem pregar o evangelho onde estão. É aí que começa o problema.
        Falar de Jesus Cristo e de Seus ensinamentos é algo bem fácil. Qualquer um pode ler a Bíblia Sagrada e decorar algumas passagens. Tem algumas que, mesmo sem se ler a Palavra de Deus, sabemos de cor.
        O difícil é termos um comportamento digno que coincida com a palavra que está sendo pregada. Muitos dizem: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Essa pode ser uma ótima receita para os mundanos. Serve, inclusive, de desculpas, pelo não cumprimento daquilo que Jesus nos ensinou.
        Para os convertidos, contudo, não há que se aplicar tal receita. Porque precisamos falar e agir de maneira uniforme.
        É nesse ponto que temos a maior dificuldade.
        O primeiro dos problemas que enfrentamos está relacionamento aos casamentos. Muitos de nós têm boas palavras para dizer aos demais casados, pois conhecemos a Palavra de Deus e sabemos de Sua vontade. Mas ocorre que muitos casais, mesmo evangélicos, não têm vivido um casamento conforme o plano de Deus. Servem, então, como um exemplo distorcido daquilo que a Palavra de Deus ensina.
        Outro problema que destaco está relacionado à vida financeira. Pregamos a prosperidade e, muitas vezes, nós mesmos nos engamos a que prosperidade nos referimos. Muitos pensam em prosperidade apenas financeiramente e isso é um erro. Quando se fala em prosperidade, devemos entender que, por mais que tudo nos seja difícil e as lutas venham, estaremos sob os cuidados do Senhor e nada nos faltará. Muitos são os evangélicos que têm grandes fortunas. A maioria das pessoas, no entando, não têm o mesmo. Tanto aqueles quanto estes estão debaixo da mão forte e poderosa do nosso Deus, que supre as necessidades de todos. Nesse ponto, o problema talvez seja maior. É que aqueles que estão à nossa volta e não são convertidos se iludem com a idéia de que a maioria das pessoas só buscam a Deus porque não têm dinheiro. Para muitos, Deus é o Senhor dos pobres.
        Poderíamos, aqui, citar uma série de problemas que entendemos dificultar a pregação do evangelho, mas não é esse o objetivo.
        Por não estarmos em uma missão, pregando o evangelho, e não estarmos longe de casa, servimos de exemplo para aqueles que estão ao nosso redor, sejam os nossos parentes, nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho e demais pessoas com quem nos relacionamos diariamente. E essas pessoas são as que mais nos observam e aos nossos testemunhos.
        Assim, quando dizemos que somos bem casados e temos comportamento adúltero, não estamos sendo bons exemplos. Destacamos que comportamento adúltero, como a maioria pensa, não envolve apenas relacionamento sexual. Isso não é uma verdade, eis que conforme lemos no livro de Mateus, capítulo 5:28: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Isso serve tanto para os maridos quanto para as esposas, quando olham para um homem com o fim de cobiçá-lo.
        Da mesma forma, quando buscamos, desenfreadamente, por prosperidade material, querendo ter tudo aquilo que as pessoas à nossa volta têm, demonstramos que a nossa confiança não está em Deus, mas nas coisas terrenas, porque julgamos que elas são suficientes para nos suprir as necessidades.
        Essas mesmas pessoas observam, também, aquilo que falamos. Quando mentimos, quando praguejamos alguém ou alguma coisa, quando dizemos aos nossos filhos que eles não prestam por este ou aquele motivo, quando os cônjuges dizem um ao outro alguma palavra que não serve de edificação para o casamento, quando falamos um palavrão etc. Somos julgados e condenados, pois falamos contrariamente ao que nos ensina a palavra de Deus.
        Quando participamos de fofocas, mentiras, piadas, situações que nos cercam e não nos livramos delas, ao contrário, damos risadas e concordamos com esse comportamento, com aquilo que está sendo dito por todos, não estamos sendo coerentes com o que pregamos e o que vivemos.
        Muitas pessoas evangélicas sequer são identificadas como tais em seus locais de trabalho, junto aos familiares, nas escolas e em tantos outros lugares que freqüentam. Preferem se esconder, pois têm vergonha de dizer que servem a um Deus vivo, forte e poderoso, que têm Jesus Cristo como único Senhor e Salvador de suas vidas e que querem viver debaixo da graça do Espírito Santo de Deus. Mandam e-mails de tantas coisas e participam de comunidades na internet, mas não revelam aquilo que devem pregar, porque sabem que serão julgadas pelas pessoas à volta.
        Qual tem sido o nosso testemunho?
        É necessário que tomemos muito cuidado.

Em 05.04.2011, às 11:40 horas

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