segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mentiras



Mentiras são ditas toda hora
não importa, ninguém vê
o problema da mentira
é o que vai acontecer

pessoas mentem
tornam a mentir
uma mentira sustenta
a outra que vai vir

mentem por prazer
necessidade, enfim
a mentira só tem começo
não tem meio, nem fim

mentir é tão comum
já não se sabe então
se o que disse é mentira
ou foi só confusão

mas a mentira tem pai
não tem mãe nem irmão
foi o diabo quem criou
pra trazer confusão

mas a Palavra ensinou
o oculto não se esconderá
Jesus Cristo é a luz
ao conhecimento trará

tudo vem a tona
nada fica escondido
no dia que aparecer
ninguém será confundido.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O pecado habita em nós


        Amados irmãos, não nos enganemos. O pecado habita em nós. E, muitas vezes, somos por ele conduzidos, sem nos darmos conta disso.
        O fato da Palavra de Deus nos ensinar que o pecado habita em nós e isso ser realidade em nossas vidas, não nos dá o direito de viver no pecado. Agindo assim, estaremos nos afastando de Cristo Jesus.
        Somos fruto do pecado, mas não estamos condenados a permanecer nele, porque Jesus Cristo, quando se entregou na cruz do calvário, “pagou a dívida e rasgou a cédula que era contra nós”. Somos livres e podemos escolher, todos os dias, entre o bem e o mal, entre a vida e a morte e entre estar com Jesus ou com o mundo. Nisso, temos opção.
        O apóstolo Paulo, no livro de Romanos, capítulo 7, versículos 15 a 20, nos ensina que: “Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; e com efeito o querer está em mim, mas não consigo realizar o bem. Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim.”.
        O resumo do texto em destaque é: “não pratique o mal; antes, livre-se do pecado”. Deus ama o pecador mas repudia o pecado. O pecado nos afasta do relacionamento com Jesus Cristo e nos conduz para o abismo.
        Se já temos dificuldades em caminhar, tendo a mão do Senhor sobre nós, pela Sua misericórdia, problemas maiores nos virão, estando afastados Dele.
        Deus nos ama e quer apenas que nós O amemos e que tenhamos um relacionamento constante com Ele.
        A maneira mais tranquila de enfrentarmos o pecado é orando. A oração tem o poder de tocar o coração de Deus. Através de Jesus Cristo, que é o único caminho que conduz ao Pai, podemos nos achegar a Ele, que, por não ser de madeira, ferro ou barro, tem os ouvidos abertos àqueles que por Ele clamam e sobre nós derrama bençãos sem medidas.
        Estejamos em oração.
        Que Deus abençoe a todos nós.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ao contrário




Ouvir, quando se quer silêncio
Crescer, quando se quer diminuir
Enxergar, quando nem se quer ver
Ignorar, quando se quer sentir

Fazemos coisas que não queremos
Dizemos coisas que não sentimos
Vivemos situações que não construímos
Por caminhos que não previmos

Somos conduzidos pelas ocasiões
Levados pelas emoções
Falsas concepções
De um mundo de ilusões

Quanta besteira vivida
Nessa vida sofrida
Quanta palavra perdida
Quanta gente ferida

Precisamos determinar
Viver e amar
Precisamos caminhar
Acordados, sonhar

Ao contrário disso tudo
Presos em dois mundos
Nem sonhamos, nem vivemos
Doentes como moribundos

Mas o melhor está por vir
Jesus nos afirmou
No céu vamos estar
Pra isso Se entregou

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Confiemos no Senhor


Todos correm
apressados, querem chegar
muitos morrem
pelo caminho, vão ficar

nada adianta
viver correndo
nada adianta
tudo vai acontecendo

o que tem que ser
isso será
por mais que se tente
nada mudará

os desígnios ocorrerão
isso vamos ver
é melhor andar tranquilo
deixar tudo acontecer

buzinas e gritos
trânsito louco, enfim
de nada adianta
caminhamos para o fim

nada podemos mudar
daquilo que Deus quer
deixemos Ele fazer
conforme Ele requer

da vida nada levamos
o exemplo Alexandre, o Grande, deixou
quando era enterrado
nada do mundo levou

deixemos que o Senhor
na sua infinita graça
da forma como quiser
por nós tudo faça

confiemos no Senhor...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

As dificuldades de um chefe de família




        Uma das primeiras coisas que aprendíamos, desde criança, é que o homem é o chefe da família, sendo o responsável por sustentar o lar, dar educação aos filhos e cuidar das coisas da casa. Essa informação nos era passada através de exemplos de tantas famílias com as quais convivíamos ou mesmo de ensinamentos em nossos lares.
        Hoje em dia, as coisas têm mudado e muitas dificuldades surgiram para os homens, na qualidade de pais de famílias, quando tentam cumprir tal missão. A independência da mulher, o prematuro desenvolvimento dos filhos e tantas outras situações têm contribuído para que isso ocorra.
        Esse tem sido o padrão adotado pelo mundo. Estamos no mundo, mas não podemos nos conformar a ele e nem aceitar o que ele nos impõe. Assim nos ensina o livro de 1 João, capítulo 2, versículo 15: Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele”.
        Temos um padrão diferente a seguir. Esse padrão se chama Jesus Cristo.
        Ao buscarmos na Palavra de Deus como deve agir o homem, como chefe de família, vemos as diversas obrigações que lhe são destinadas. A principal delas é ser o cabeça do lar.
        Dentre as passagens que deixam clara essa importante característica de um chefe de família, destacamentos o que nos ensina o Apóstolo Paulo, quando escreve cartas aos Coríntios e aos Efésios: Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo (1 Coríntios 11:3)” e “Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo (Efésios 5:23)”.  
        Ao contrário disso, a maioria das esposas, hoje em dia, trabalham e querem ter suas vidas financeiras separadas de seus maridos. Fazem suas contas, seus gastos, adquirem, sozinhas, o que querem. Às vezes, compram até o que não se precisam, mas compram. Querem ser “donas dos seus próprios narizes”.
        Também os filhos seguem o mesmo modelo. Quando crescem, querem logo trabalhar e viver a sua própria vida.
        A Palavra de Deus é uma escolha a ser seguida. É, assim, uma opção. Quando não a conhecemos, sequer sabemos o que ela determina. Mas, ao conhecê-la e trazê-la para dentro dos nossos lares, optando por segui-la, precisamos agir conforme o que ela nos impõe.
        Essas distorções da família, que procuraram moldá-la ao padrão mundano, acaba por causar ao homem muitos problemas.
        Como lidar com essas questões? É uma pergunta que tem sido feita por muitos. O que fazer? Como agir? O que falar? Quando falar? etc, tem sido situações que atormentam os chefes de família.
        Mas a resposta não está no nosso conhecimento natural. Essas questões estão diretamente relacionadas com o mundo espiritual. O diabo tem tentado de toda maneira acabar com a família.
        O que tem sido ensinado, por todos os lados, televisão, rádio e jornal, é que a família não tem tanto valor. Novelas, seriados, filmes e tantas propagandas mostram esposas que não mais precisam de maridos e filhos que não precisam de seus pais. Teve uma propaganda, por exemplo, em que uma esposa chega em casa, vindo do trabalho, com um carro da Fiat e o presenteia ao marido, que cuida dos filhos. Filhos são ensinados que sexo na adolescência é normal. Programas de televisão, que deveriam passar fora dos horários em que se tem mais jovens assistindo, são transmitidos justamente para esse público, mostrando que a independência da família é uma realidade natural.
        Poderiam ser dados aqui tantos outros exemplos, que seriam necessárias muitas outras páginas para escrevê-los.
        Ao final, quando se pensa na figura do pai de família, vê-se o quanto desgastada ela está. O quão em desuso, em alguns lares, está a autoridade do marido.
        E assim, quando o marido tenta tomar as rédeas da situação, se vê envolvido com tantas dificuldades, que acaba agindo de forma até grosseira, chegando às raias da dicussão com esposa e filhos, que não aceitam a imposição de sua autoridade no lar.
        Ensinar os filhos, cuidar da esposa e das necessidades de casa é uma tarefa do marido, como cabeça de sua casa que é.
        Estejamos atentos: “O diabo veio para roubar, matar e destruir; Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância (João 10:10)”.
        A oração é uma das principais armas do servo de Deus. Utilizia-a todos os dias de sua vida.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Pobre homem solitário


Certo dia um homem
Pensava em ser ou não ser
Tudo que tinha na vida
O que tinha a perder

Solitário como era
Sozinho vivia
Ninguém ao seu lado
Quase nunca sorria

Pensou, pensou, pensou
De tanto que pensou
No pensamento ficou
Nunca executou

Pensou no pouco que fez
Em tudo que viveu
Nas pessoas e nas coisas
Então se arrependeu

Por não ter amado
Como devia
Por ter sofrido
Como temia

Por ter se importado
Com o que não devia
Por desprezar
O que não podia

Por ter dito
O que não queria
Por ter ouvido
O que lhe doía

Arrependeu que não amou
Coisa que devia
Viveu só e morreu
Coisa que não podia

Pobre homem sem amor
Pobre homem se tornou
Infeliz que era o homem
não se apaixonou

terça-feira, 12 de abril de 2011

Apesar do pânico, vivendo na dependência do Senhor


        A mídia, de um modo geral, tem sido a principal criadora de uma série de ocorrências de problemas, sob os quais vive essa atual sociedade.
        Estamos vivendo a era do medo. E muito disso se deve aos meios de comunicação, que não param de veicular desgraças.
        Uma das últimas e que causou grande comoção social foi a ocorrida na escola em Realengo, no Rio de Janeiro, onde um ex-aluno matou doze adolescentes e feriu outros tantos.
        A partir daí o caos se instalou. Não se pode ver ninguém diferente na porta de uma escola que logo se aciona a polícia, para que alguma providência seja adotada.
        Reportagens mostram a fragilidade da segurança das escolas e até ensinam como qualquer pessoa pode passar pelo portão e adentrá-las. Numa delas, um produtor ou repórter, com uma câmera escondida, consegue adentrar num colégio e ir até o pátio, onde estão vários estudantes. Chega-se ao ponto de noticiar que, se caso aquele produtor/repórter quisesse, naquele momento, poderia atingir muitos alunos.
        O que isso gera? Não é segurança, como se pretende, mas, sim, demonstra para qualquer pessoa já tendenciosa a praticar o mal como ela poderá agir para alcançar o seu intento, caso seu desejo seja matar alguns alunos.
        É uma loucura!
        Aqui, em Belo Horizonte, na data de ontem, um ex-aluno de uma escola qualquer foi visto na porta desta, com um volume sob a camisa, dando a entender que se tratava de uma arma de fogo. Resultado? Pânico e acionamento da polícia. Houve uma professora que desmaiou. Até se descobrir que o cara estava com um pedaço de pau ou sei lá o quê debaixo da blusa e pretendia apenas assustar um dos alunos, que saíra com sua ex-namorada, foi um tumulto geral. Todo mundo assustado, o que poderia causar, inclusive, uma tragédia, pois o policial que ali chegasse, em face dos acontecimentos recentes, poderia, ao que parecia ser uma ameaça em potencial de alguém querendo matar alunos, já descer atirando, na defesa de terceiros, e depois tomar conhecimento do que se tratava.
        Seremos fruto daquilo que estamos vivendo. O que semearmos, isso colheremos. É o que nos ensina a Palavra de Deus: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Gálatas 6:7”.
        Precisamos estar mais atentos ao que se passa à nossa volta. Muitas vezes, somos conduzidos a fazer ou deixar de fazer aquilo que está sendo divulgado pelos meios de comunicação.
        Afastamo-nos das pessoas, passamos a não mais cumprimentar ninguém na rua. Não podemos sequer achar alguma criança bonita ou engraçadinha, porque o tanto de notícia que já foi divulgada acerca de pedófilos, deixa a todos assustados. As pessoas de sexos opostos têm evitado andar de elevador. Raramente são vistos apenas um homem e uma mulher dentro de elevadores. É que qualquer bom dia ou um simples sorriso pode gerar a idéia de que está ocorrendo um assédio. Patrões têm medido suas palavras aos seus empregados, porque tudo é motivo para dano moral.
        Não estamos dizendo que não devemos prestar atenção ao que nos cerca. O que não podemos é transformar tudo ao nosso redor em problema, em medo, em confusão.
        As pessoas estão, cada vez mais, recolhidas em suas casas. Uma simples saída com a família para um almoço ou passeio em qualquer lugar, tem gerado em muitos uma sensação de insegurança completa.
        Por tudo isso, é que precisamos ser sóbrios e vigilantes, atentos ao que nos ensina a Palavra de Deus: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; 1 Pedro 5:8”.
        A vantagem daqueles que confiam em Deus é que nunca se esquecem que quem os guarda é o Senhor. Quem os livra do mal é Deus. Ele guarda a entrada e a saída e sustenta com suas poderosas mãos todos aqueles que Nele confiam.
        Assim, por mais que tudo à nossa volta nos mostre que estamos vulneráveis, temos alguém que cuida de nós, constantemente.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

A dureza de nossos corações



        No livro de Apocalipse, no capítulo 3, versículo 20, o apóstolo João nos escreve o que Jesus diz à igreja: Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo”.
        Muitos conhecem essa passagem e a tem decorada em suas mentes. Mas a maioria de nós não entende, às vezes, o que ela significa.
        Essa porta não está diretamente relacionada com a porta de uma casa qualquer, nem da nossa casa, mas, sim, com a porta do nosso coração.         Quantas vezes Jesus está tentando entrar em nossos corações e nós não o abrimos para Ele? Quantas vezes Jesus bate na porta do nosso coração e, como resposta, escuta de nós que estamos ocupados demais para atendê-Lo. Quantas vezes Jesus bate na porta do nosso coração e nós sequer ouvimos, porque estamos entretidos com tantas coisas do mundo, com tantos outros interesses.
        Muitos de nós têm a porta do coração feita de aço. Para se ouvir alguém batendo, é necessário que haja quase que uma explosão do lado de fora. Jesus não vem com uma explosão. Ele não usa nenhum método violento. Ele é amável. Ele vem com amor e bate lentamente. Precisamos estar atentos para ouvi-Lo batendo.
        Jesus não quer entrar em nossos corações com força, nem com violência ou contra a nossa vontade. O que Ele espera é que, ao bater, nós estejamos atentos e prontos para recebê-Lo.
        Mas Jesus nos ama.
        Quantas vezes, depois de muitas tentativas frustradas de entrar em nossos corações, Jesus tenta falar conosco, usando até mesmo o mais humilde dos irmãos da igreja, e nós também não O ouvimos. Para ouvir a Deus, queremos que uma nuvem de glória nos envolva e que escutemos uma voz do alto.
        Não é assim que as coisas funcionam no mundo espiritual. Deus usa as coisas loucas desse mundo para confundir as sábias.
        Mas Jesus nos ama.
        Ele nós dá o privilégio de nos reunirmos na igreja e nos cultos podermos escutá-Lo. Mesmo assim, muitas vezes, até dentro da igreja, mantemos o nosso coração tão endurecido que, qualquer palavra que nos confronte e nos incomode serve apenas para dizermos que isso ou aquilo não acontece conosco, porque não somos assim ou assado.
        Julgamos ser tão bons, que apenas enxergamos erros naqueles à nossa volta. Hipócritas que somos, porque queremos retirar o argueiro do olho do nosso irmão, enquanto mantemos em nossos olhos uma trave. Para quem não sabe, o argueiro é um pequeno cisco que entra no olho, enquanto a trave é algo de grande dimensão.
        Assim, quando julgamos o nosso irmão ao lado e não reconhecemos que nós mesmos é quem temos problemas, estamos mais uma vez mantendo fechada a porta do nosso coração para Jesus, porque, se Ele entrar, tenham certeza, grandes mudanças Ele fará em nós.
        Ainda hoje, mantenha-se atento ao chamado do Senhor.
        Caso Jesus quisesse determinar quando entrar em nossos corações, Deus, ao nos criar, teria colocado uma maçaneta do lado de fora dele. Assim, Jesus não precisaria bater, mas apenas abrir e entrar, pois Ele é o Senhor dos Senhores e o Rei dos Reis. Ele é o Senhor e Salvador de nossas vidas. Ele tem toda a autoridade necessária para tal.

sábado, 9 de abril de 2011

Obrigado Senhor


Obrigado meu Deus
pelo dom de viver
por poder sorrir
mesmo sem entender

Entender como o Senhor
mesmo que não mereça eu
entregou Teu filho
que por mim morreu

Morte de cruz
quanta humilhação
trouxe-me a Luz
iluminou-me o coração

Jesus Cristo é Teu filho
dúvidas não há
nessa vida em abundância
quero sempre estar

Abençoa meu Pai
a minha família
minha esposa querida
também Tua filha

Que eu possa ser
referência do Senhor
viver em Tua presença
apregoar Seu amor

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A Boca Fala


Uma boca fala
do que está cheio o coração
a outra não cala
quer dar o troco e ter razão

Iniciada a discussão
é puro torpor
é xingo e maldição
tanta falta de amor

Pessoas que se amam
quase não se falam
bocas que maldizem
furiosas, não calam

Tanto sofrimento
tanta dor
poderia ser diferente
viverem só o amor

Escolheram um ao outro
poderia não ser
não dá mais pra separar
precisam conviver

Deus criou dois
uniu-os num só
não se pode separar
amarrados num nó

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Eterna Insatisfação do Ser Humano


Como é difícil agradar o ser humano. Todos têm uma dificuldade, qualquer que seja a sua extensão.
A insatisfação, cremos nós, reside na eterna busca do ser humano por algo maior e melhor, naquilo que é a sua concepção. E não falo em uma busca de felicidade, mas refiro-me a bens materiais. Em função disso, quando se tem uma pequena casa, quer-se uma casa maior. Tem-se determinado modelo de carro e quer-se um melhor, mais luxuoso. Nada parece agradar as pessoas.
A vida simples, inundada de tantas oportunidades de sorrir e ser feliz, parece não ter mais nenhum significado para as pessoas. Se a pessoa não está estudando para algum concurso público, algo de errado está acontecendo. Se não está trocando de carro, algo não vai bem. E por aí vão tantos exemplos.
É necessário que nos importemos mais com as coisas espirituais que com as materiais. Ter dinheiro é muito bom, gastá-lo é ainda melhor. Mas dinheiro não é tudo. Quando se fala isso, sempre aparece um engraçadinho e diz: “me dá o seu dinheiro e vai ser feliz!”, não que eu o tenha. Não é o caso, não é a proposta.
Precisamos buscar o prazer e a felicidade nas pequenas e singelas coisas. Num olhar, num cumprimento, num aperto de mão, num abraço carinhoso. O que importa é vermos motivos para nos alegrar com aquilo que está a nossa volta.
A forma de vermos as situações e a leitura que fazemos de cada uma delas faz muita diferença no final das contas. Muitas são as oportunidades de sermos felizes desperdiçadas diariamente. A preocupação com as coisas grandes é que nos tira o prazer das pequenas. E essa preocupação altera até mesmo a nossa forma de ver o que está ao nosso redor.
Hoje em dia, quem não tem internet é, para alguns, um lunático. Quem não tem um “orkut”, pobre coitado que é. E por aí vai.
Trabalhei com uma pessoa que não tinha sequer computador e demonstrava o seu repúdio pelo dito aparelho. Celular nem se fala. Inicialmente, estranhei aquela conduta, porque imaginei em minha pobre mente que aquele camarada estava afastado de tudo. Mas, ao conhecê-lo, pude perceber tratar-se de uma pessoa extremamente culta e singela, apesar da função que exercia.
Devemos frear nosso consumismo exacerbado. Concentrar nossas energias em fazermos as coisas mais simples e nos contentarmos com elas.
Sem a pretensão de ser machista, as mulheres são um bom exemplo da falta de contentamento com tudo. As gordinhas querem emagrecer, as magrinhas querem ter seios fartos e, quando se sentem gordinhas, entram em pânico. As de cabelo curto o querem grande, as de cabelo grande acham que o cabelo não está bem, falta brilho etc.
Os homens também não ficam para trás. A maioria está sempre querendo mudar de carro, celular e tantas outras besteiras. Basta ser lançado algo novo, entendido como inovador, para que se queira comprá-lo.
Tudo se resume na falta de satisfação. Nunca estamos satisfeitos com o que temos ou fazemos.
Precisamos tomar cuidado. A vida passa tão rápido, que, quando percebermos, já não dará mais para voltar.
A Bíblia Sagrada nos ensina que O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar (Mateus 24:35)”.
Também está escrito Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade (Eclesiastes 1:2)”.
Aí, será tarde demais. Só nos restará cantar a canção do Titãs, Epitáfio, “... eu queria ter...”.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Ao encontrar-me com Jesus



Um dia, alguém me perguntou
o que eu ira fazer
ao encontrar-me com Jesus
o que iria acontecer

Pensei, num primeiro momento,
sorrirei e Ele também
logo veio meu tormento
orei e disse amém

Quantas coisas eu já fiz
que não condizem com o Senhor
mas creio e não duvido
Jesus Cristo é amor

Ele me amou muito antes
que eu pudesse entender
que por todos os meus erros
um dia iria responder

Quando me encontrar com Jesus
trevas não verei
Ele é a própria luz
alegrias terei

Por mais que seja acusado,
julgado, infeliz,
Jesus Cristo é amor
sua palavra é quem diz

Quando me encontrar com Jesus
tudo para trás ficará
Ele é a própria luz
felicidades trará

Haverá julgamento,
isso eu sei
todos vamos responder,
julgado serei

Mas, acima de tudo,
o amor vai reinar,
Jesus Cristo, o filho de Deus,
o perdão me trará

terça-feira, 5 de abril de 2011

Como é difícil pregar o evangelho e falar de Jesus Cristo

 

        Jesus Cristo disse aos seus discípulos: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura (Marcos 16:15)”. Disse Ele, ainda: “Em verdade vos digo que, em todas as partes do mundo onde este evangelho for pregado, ... (Marcos 14:9)”.
        É de se notar, com essas duas passagens, que Jesus sabia da necessidade de que o evangelho, que quer dizer boa notícia, boas novas, fosse pregado a toda criatura, em todo e qualquer lugar do mundo.
        Algumas pessoas têm o chamado para deslocar-se para longe de suas casas, cidades etc, a fim de pregar o evangelho. É um trabalho missionário, que requer muita dedicação, eis que a ausência do lar e o distanciamento dos familiares é sempre doloroso.
        Mas a maioria das pessoas não realizam trabalhos missionários. Elas, então, devem pregar o evangelho onde estão. É aí que começa o problema.
        Falar de Jesus Cristo e de Seus ensinamentos é algo bem fácil. Qualquer um pode ler a Bíblia Sagrada e decorar algumas passagens. Tem algumas que, mesmo sem se ler a Palavra de Deus, sabemos de cor.
        O difícil é termos um comportamento digno que coincida com a palavra que está sendo pregada. Muitos dizem: “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Essa pode ser uma ótima receita para os mundanos. Serve, inclusive, de desculpas, pelo não cumprimento daquilo que Jesus nos ensinou.
        Para os convertidos, contudo, não há que se aplicar tal receita. Porque precisamos falar e agir de maneira uniforme.
        É nesse ponto que temos a maior dificuldade.
        O primeiro dos problemas que enfrentamos está relacionamento aos casamentos. Muitos de nós têm boas palavras para dizer aos demais casados, pois conhecemos a Palavra de Deus e sabemos de Sua vontade. Mas ocorre que muitos casais, mesmo evangélicos, não têm vivido um casamento conforme o plano de Deus. Servem, então, como um exemplo distorcido daquilo que a Palavra de Deus ensina.
        Outro problema que destaco está relacionado à vida financeira. Pregamos a prosperidade e, muitas vezes, nós mesmos nos engamos a que prosperidade nos referimos. Muitos pensam em prosperidade apenas financeiramente e isso é um erro. Quando se fala em prosperidade, devemos entender que, por mais que tudo nos seja difícil e as lutas venham, estaremos sob os cuidados do Senhor e nada nos faltará. Muitos são os evangélicos que têm grandes fortunas. A maioria das pessoas, no entando, não têm o mesmo. Tanto aqueles quanto estes estão debaixo da mão forte e poderosa do nosso Deus, que supre as necessidades de todos. Nesse ponto, o problema talvez seja maior. É que aqueles que estão à nossa volta e não são convertidos se iludem com a idéia de que a maioria das pessoas só buscam a Deus porque não têm dinheiro. Para muitos, Deus é o Senhor dos pobres.
        Poderíamos, aqui, citar uma série de problemas que entendemos dificultar a pregação do evangelho, mas não é esse o objetivo.
        Por não estarmos em uma missão, pregando o evangelho, e não estarmos longe de casa, servimos de exemplo para aqueles que estão ao nosso redor, sejam os nossos parentes, nossos vizinhos, nossos colegas de trabalho e demais pessoas com quem nos relacionamos diariamente. E essas pessoas são as que mais nos observam e aos nossos testemunhos.
        Assim, quando dizemos que somos bem casados e temos comportamento adúltero, não estamos sendo bons exemplos. Destacamos que comportamento adúltero, como a maioria pensa, não envolve apenas relacionamento sexual. Isso não é uma verdade, eis que conforme lemos no livro de Mateus, capítulo 5:28: “Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Isso serve tanto para os maridos quanto para as esposas, quando olham para um homem com o fim de cobiçá-lo.
        Da mesma forma, quando buscamos, desenfreadamente, por prosperidade material, querendo ter tudo aquilo que as pessoas à nossa volta têm, demonstramos que a nossa confiança não está em Deus, mas nas coisas terrenas, porque julgamos que elas são suficientes para nos suprir as necessidades.
        Essas mesmas pessoas observam, também, aquilo que falamos. Quando mentimos, quando praguejamos alguém ou alguma coisa, quando dizemos aos nossos filhos que eles não prestam por este ou aquele motivo, quando os cônjuges dizem um ao outro alguma palavra que não serve de edificação para o casamento, quando falamos um palavrão etc. Somos julgados e condenados, pois falamos contrariamente ao que nos ensina a palavra de Deus.
        Quando participamos de fofocas, mentiras, piadas, situações que nos cercam e não nos livramos delas, ao contrário, damos risadas e concordamos com esse comportamento, com aquilo que está sendo dito por todos, não estamos sendo coerentes com o que pregamos e o que vivemos.
        Muitas pessoas evangélicas sequer são identificadas como tais em seus locais de trabalho, junto aos familiares, nas escolas e em tantos outros lugares que freqüentam. Preferem se esconder, pois têm vergonha de dizer que servem a um Deus vivo, forte e poderoso, que têm Jesus Cristo como único Senhor e Salvador de suas vidas e que querem viver debaixo da graça do Espírito Santo de Deus. Mandam e-mails de tantas coisas e participam de comunidades na internet, mas não revelam aquilo que devem pregar, porque sabem que serão julgadas pelas pessoas à volta.
        Qual tem sido o nosso testemunho?
        É necessário que tomemos muito cuidado.

Em 05.04.2011, às 11:40 horas

segunda-feira, 4 de abril de 2011

A Nossa Indiferença



        Nessa manhã, mais uma vez, tive que enfrentar o trânsito de Belo Horizonte. No ônibus em que eu estava, já não cabia mais ninguém, mas, mesmo assim, ele parava em todos os pontos. Pessoas subiam e desciam. Envoltas que estavam, sequer conseguiam ver ou discernir outras pessoas. É só correria. A uma, porque saem de casa já atrasadas. A duas, porque vivem correndo. Afinal, inutilmente, muitas são as preocupações.
        Como dito, o ônibus estava muito cheio. Procurei, então, postar-me junto à porta de entrada, a fim de não ser mais um espremido no corredor. A porta é um lugar privilegiado. Vê-se o trânsito à frente e as pessoas que irão entrar no ônibus.
        Privilegiado que estava, passei a observar as pessoas. Tanto as que entravam e saiam do ônibus, quanto aquelas que cruzavam pela rua ou aguardavam o próximo ônibus. Também observava as que do ônibus desciam pela porta da frente, passando por mim. Essas pessoas, na sua maioria, idosas, descem lentamente do ônibus, o que, de certa forma, deixa o motorista, já estressado, mais estressado ainda.
        Mas nesta manhã, além dos idosos, desceu, num determinado ponto de ônibus, também, uma criança, rapidamente, cheia de vida e vigor que a vida, nessa idade, lhe proporciona, e, logo em seguida, sua mãe. Notei, pelos traços da criança, que ela era deficiente. Notei, também, que sua mãe, que vinha logo atrás, também tinha traços de alguém que não é considerada normal por esta sociedade.
        A criança, com uma camisa de uniforme de escola, calça jeans, tênis azul e uma meia cor de rosa. A calça, na altura da canela, uns dez centímetros distante do tênis, a chamada “calça pega frango”, nem sei por que. O andar meio desconcertado, parecendo que, por qualquer sopro, ia cair. Além disso, levava, às costas, uma mochila.
        Em seguida, desceu a mãe. Uma senhora morena, camiseta listrada de preto e branco na horizontal, dessas que deixam os ombros totalmente de fora, usando um enorme sutiã branco, com a parte de trás para fora da camiseta. Era uma senhora um pouco gorda, andar descompassado, parecendo não se interessar muito por modismos ou postura.
        O ponto de ônibus onde desceram ficava quase defronte da escola onde a menina, ao que tudo indica, estudava. Andaram um pouco. Com o trânsito parado, deu para acompanhá-las visualmente.
        Na porta da escola, a menina, que até então, estava à frente de sua mãe, parou para aguardá-la e dela se despedir. Beijo no rosto, olhar preocupado com a filha, a mãe acompanha a menina caminhar pelo interior da escola, observando-a pelo portão que estava aberto.
        Não pude ver o que aconteceu depois, mas posso imaginar que aquela mãe, de olhar sofrido, retornaria para sua casa, onde teria outras tantas obrigações, ou, então, para o seu trabalho, onde não seria diferente.
        O ônibus continuou o seu itinerário. Trânsito lento, ruas lotadas de veículos, pedestres transitando de um lado para o outro. Correria geral. Preocupações tantas.
        Fiquei imaginando. Porque tantas coisas acontecem à nossa volta e sequer damos conta de entender as pessoas ou mesmo tentar fazer isso. Quantas pessoas sofrem ao nosso redor, vivem vidas difíceis, complicadas por situações ainda maiores, dificuldades financeiras, pessoais etc.
        Mas nada parece nos atingir. Nós, que pensamos estar bem, continuamos nossa caminhada, vemos as pessoas ao nosso redor e não sabemos de suas dificuldades. Fazemos ainda pior, porque passamos a julgá-las.
        Jesus Cristo, no seu infinito amor, amou todos os pequeninos. Aqueles que eram motivo de desprezo para outros, aqueles que não tinham riquezas e nem formosura. Ele não mediu esforços para fazer o bem, mesmo sabendo que aquelas pessoas que Ele amava, curava e salvava, estariam perante Pilatos, quando do seu julgamento, e no Gólgota, quando da sua crucificação.
        Ele não pensava em condições financeiras, em relacionamentos feridos ou qualquer outra situação que fosse. Apenas amava e queria demonstrar o seu amor por todos.
        Jesus suportou uma dor que nenhum homem poderá jamais suportar. Ele passou por um sofrimento intenso e, mesmo assim, quando estava para entregar o Seu espírito, pediu ao Pai que não imputasse àquelas pessoas mais aquele pecado, pois elas não sabiam o que faziam naquela hora.
        Nós, hoje, fazemos, muitas vezes, o mesmo que fizeram aquelas pessoas. Repetimos o ato de crucificação de Cristo, quando agimos como se nada ao nosso redor fosse importante e as pessoas que nos cercam de nada valessem.
        Jesus morreu por mim, mas morreu, também, por todos aqueles que crêem Nele. Ele não fez acepção de pessoas. Porque nós fazemos? Ele não olhou condição financeira. Porque, muitas vezes, agimos assim? Ele não olhou sexo, cor, raça, nada. Ele se entregou por amor.
        E não foi por qualquer amor, mas por um amor de verdade. O amor que tudo sofre. O amor que cuida. O amor que se preocupa com o próximo. O amor ágape. O verdadeiro amor.
        Voltando à criança e sua mãe. Não as conheço, não sei os seus nomes, onde moram e nem que condições de vida têm. Mas, naquele momento, ao vê-las e acompanhá-las visualmente, pude perceber o quanto sou privilegiado. O quanto Deus me ama. Não que Ele não as ame. Mas Deus me ama. Não sabendo o que fazer e nem como ajudar, fiz uma oração, pedindo a Deus que abençoasse aquela mãe e aquela criança e desse a elas, nesse dia, um pouco da presença Dele.
        Ocorre que, muitas vezes, conhecemos quem está à nossa volta, sabemos dos seus problemas, mas fingimos não saber e fechamos os nossos olhos, recolhendo-nos ao nosso mundinho.
        Uma mão estendida, um abraço, uma palavra, uma ajuda. Por menor que seja o ato, ele gera situações maravilhosas. Precisamos rever nossas atitudes.
        E a vida continua. Fui para o trabalho e, repetindo a semana anterior, passei a ...

Em 28.03.2011, 09:26 horas